segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A nossa canção



Sabe aquela canção que mais gosto de ouvir? A nossa canção, aquela melodia que me faz feliz, me emociona e arranca de mim suspiros acompanhados de lagrimas e deixa no ar a lembrança do nosso amor, consigo sentir teus beijos molhados, acaricio teu rosto delicado e sinto em minha boca o gosto do teu divino mel, mesmo tão distante de ti.
A nossa canção ficou na minha lembrança, ela marca um momento tão especial para mim que consigo ouvir sua voz me chamando de amor, dos nossos momentos juntos e da grande emoção que sentia ao segurar sua mão, seus cabelos me fascinavam e seu cheiro fez de mim um submisso a ti, ao seu amor, ao nosso amor.
O amor é uma armadilha tão irresistível que enquanto não caímos em suas garras jamais podemos ser feliz, e o fascínio que envolve essa atmosfera romântica está na magia de sentir o toque, o cheiro e a presença da pessoa que nos faz fechar os olhos de tanto desejo, não existe chão quando a realidade nos mostra a solidão e a fantasia do absurdo perde o sentido ao sentir o pulsar do teu coração no meu peito.
Sabe amor, ainda consigo andar com minhas pernas, eu vejo a vida de outro jeito sem te ver, lamento os meus momentos sem você e rejeito a saudade, recito meus poemas mais apaixonados, crio frases bonitas para um dia te entregar, penso no mar quando sinto você, mas o que não sei fazer é acalmar meu coração quando ele deseja te ver.

Magia do amor!



O amor, uma cama e um casal apaixonado, um sonho de felicidade, uma verdade que não quer cessar e o fascínio de se entregar, uma linda canção, toques de sedução com temperos de paixão, suspiros dobrados, beijos molhados, tabus quebrados, uma viagem maluca sem direção o amor em plena ascensão, no embalo do romantismo o amor reina imponente, domina o casal, faz valer cada minuto, cada gesto e pode ser visto até no olhar, a magia do momento não deixa dúvidas do quanto o amor é divino e encantador, nos dá direção sem ter controle e arranca gemidos sem sentir dor.

domingo, 16 de agosto de 2009

Auto-Retrato



Da janela vejo o homem escrevendo ansioso, ocioso e melancólico, sua face guarda um semblante embaçado e sem nexo, sem face seu brilho não existe no universo, as mãos cada vez mais trêmulas, parece que existe uma tragédia por trás da folha de papel, sua escrita é serena e seu gesto parece ter odor, cor e forma, mais e mais vai se aproximando de seu objetivo e mais triste vai ficando aquele homem, ainda consigo perceber um suspiro mais profundo, é como a chegada de um choro, seu momento é tênue, por alguns instantes ele pára e pensa, olha para o horizonte, um olhar perdido, talvez num passado muito distante, depois volta a rabiscar seu papel, através da sombra que se faz à meia luz consigo ver a silhueta de sua mão a escrever, agora mais calma e mais serena, como se estivesse tecendo cada verbo, cada canto de sua escrita, talvez nem estivesse pensando no que escrevia, apenas rabiscando e vivendo seu momento, eu me ponho a pensar que momento seria vivido por ele agora.
Então calmamente o homem se levanta, olha para frente e pensa por alguns instantes, dá alguns passos, pára novamente, olha para trás, olha para sua escrita, por alguns momentos ele fica estático, depois se vira e vai ao oposto de onde estava, segue seu caminho em passos calmos e sem pressa.
Com tremenda sensação de curiosidade não resisto ao que para mim é mais forte que tudo nesse instante, então calmamente vou à sua mesa e vejo o pedaço de papel com o desenho de um homem muito triste, e em baixo escrito: "eis me aqui, assim me sinto no momento".