terça-feira, 28 de julho de 2009

Coração Literário




Jovial e insano, sagrado, mas profano, amor ou ódio, poetar as coisas bonitas, como fazer chorar em momentos inesperados surpresas que são certas e certezas inesperadamente absurdas, assim bate um coração literário e a cada curva do destino a mudança se torna indispensável, como as manhãs e o sol que brilha imponente.
Não tem como temer o amanhecer ou chorar sem saber por que, viver uma ilusão fantasista criada por alguém com tanta verdade que até parece à vida de outrem, a ilusão de sentir o verbo e tecer cada página torna-se um bem tão precioso quanto viajar sem motivo ou voar sem ter asas, num vôo magistral e mágico como flutuar no vazio ou tocar o imenso céu anil.
Tal arte de compor está no sangue e viaja pelo intelecto chegando até o coração que responde como uma ferramenta de sensações sem precedentes, levando emoção ao carente e fazendo-se amar o indiferente.
Sentir o amor na pele, viver ele e o ver florescer, ouvir a voz de uma dama ao menos por ilusão, sentir o suave bater do seu coração, as histórias acontecem assim, com começos meios e afins, uma viagem sem volta e muitas com retorno gratificante, como vencer um gigante ou sentir no emocional aquele mundo tão interessante, ter duas vidas e vivê-las com tanta intensidade, obter a chance de errar duas vezes, mas poder amar mais de uma vez.
Tomar uma vida para si, viver ela e odiar os covardes vilões, ouvir o grunhir dos canhões ou lutar contra imensos dragões, enganar, mentir e ainda sair são ou tornar-se vilão, sofrer, sorrir, chorar, sentir e amar, desejar tudo e nunca ter nada, vagar sozinho por toda a madrugada e não ver o sol nascer, sentir o amanhecer tão belo e as flores de setembro com perfume de primavera, lançar-se ao infinito e voltar a ser o que já era.
Assim vive um coração literário, ele busca, procura e anseia, sente medo, ama e odeia, mas também compartilha com seu mundo as coisas alheias, faz da amargura a ternura e da despedida o retorno e na presença faz saudade, no amor a castidade, sente aperto no coração, mas almeja um simples aperto de mão, a felicidade e o amor pela liberdade, como um pássaro escapando do alçapão.
Ah! Essa prosa poética sai do coração, conforta quem escreve sabendo que não devaneia só, pois não existe tal solidão que tenha participação ao menos do solitário que ao voltar uma página confortou-se em não entender tal raciocínio, infelizmente, a maioria assaz atrás do pão e outras diversões, menosprezam tais escritas, verdadeiros cultivos nos íntimos jardins, manifestações da alma.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Pelo amor de uma mulher!



No amor de uma mulher encontrei o meu eu, o meu seu, o seu nosso, em seus braços eu vivi o meu mundo, meu mundo sempre foi você, nele eu sorria e chorava, sorria de felicidade e chorava de prazer, meu prazer de ser homem apenas pra te dar mais prazer, te deixar feliz, te fazer fervilhar de prazer, apenas você, sempre você.
Por você eu fui longe, desci os andares do meu soberbo orgulho e mergulhei meus caprichos na mais profunda escuridão, apenas para que não restassem dúvidas que pudessem ameaçar sua soberania e fazer você me negar o seu amor, esse amor que para mim era como o ar que respirava, o brilho do sou que aquecia minha alma, e com uma generosa mão amiga sentia em você o poder de me dominar e usar a minha vida como parte da sua pois o poder que exercias sobre mim é o que me dava vida.
Vida vazia, mas com vida, pois quem me completava era você, não sentia a vida, mas te sentia, sentia o toque de suas mãos e ao menos num toque me sentia feliz, se por alguns instantes me sentia assim, eu agradecia pelo amor que mesmo sem ter me deixavas sentir, e não imaginava em outra ter o mesmo sabor.
A imagem que fazias de mim não era a mesma que tinha de ti, pois tua imagem me fazia feliz, trazia sentido ao meu mundo, mesmo sem sentir teu mundo, sem saber o calor e o odor do teu corpo nas horas em que perecia, mas o toque e o sentir da tua presença me faziam sorrir mesmo com minha sentença de morte sem a vida que queria de ti.
Quando as vezes me vias sorrindo era porque cai em mim que tinha ao menos uma mulher em minha vida, sem que ela me desse sua vida, mas ao menos tinha vida através daquela mulher.
Teu perfume me envolvia e enchia meu ser de alegria, te sentia arredia e a sua postura faceira, dominadora, sedutora me jogava a seus pés, meu ego não existia, ele tinha antipatia a você, eu não precisava de uma coisa que não usaria, mas precisava usar a você.
Larguei-me à vida, deixei de viver, segui meus instintos, pois eles queriam você, passei noites em claro apenas pra que você pudesse dormir, separei-me dos demais na esperança de podermos unir, lancei-me a própria sorte sem ter sorte qualquer e dei a vida tudo o que pude apenas pelo amor de uma mulher.

Seu amor aquece minha alma!



Meu mundo parou no momento em que meus olhos pararam diante de você, foi um momento lindo e mágico, um instante de amor, amor à primeira vista, olhares meio tímidos e cheios de desejo, senti um imenso desejo de ter você em minha vida, nesses instantes percebemos que o nosso mundo é pequeno demais quando estamos sem a pessoa amada e o amor torna-se infinito diante do entusiasmo de estar apaixonado.
Coincidência ou não, pouco a pouco me tornei o seu mundo e aos poucos o meu se completava com você, precisávamos mostrar ao o mundo que vale à pena viver um grande amor, um intenso e vibrante romance em que apenas para nós dois importavam os nossos sonhos e no nosso mundo de encantos apenas nós poderíamos desfrutar.
Roubei você dos seus pais, seus amigos e até dos seus sonhos, me enfeltrei no seu corpo e viajei com você para lugares inimagináveis apenas com poucos gestos de carinho, fomos longe demais e vivemos tudo em pouco tempo, sonhamos juntos com tanta intensidade que as pessoas ignoravam o nosso querer, não entendiam que eu era você e o nosso mundo se completava com nós dois.
Sempre juntos e seguindo para a realidade do amor, uma deliciosa fantasia com gosto e cheiro de paixão, sem lugar para dor ou desilusão, te deixei sonhar e fui feliz ao te amar, e hoje sigo no vazio com as lembranças do tempo em que você me completava, o sol aquece meu corpo, mas seu amor aquece a minha alma.