quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Do pouco que se foi, o muito que restou!



Não vou falar de saudade, mas saudade é mais que a metade do que na verdade me sobrou, sendo tempo bem pequeno que no entanto foi bastante para eternidade se fazer realidade.
A brisa fria e calma em minha alma, faz-me consolar, sem entender mais nada, mas na madrugada me ponho á sonhar, e se faz verdade minha sina de saudade.
Se na ordem do amor o que vem primeiro é a dor, como entender um prazer limitado, rosto deformado de tanto chorar, saudade vadia que insiste ficar.
Choro sofrido, choro calado, mas se eu choro foi pelo amor que sem tempo me deixou castigado, sofrer desse jeito nem dá pra viver, ohh! mundo desalmado.
O que eu faço agora com a saudade, se o que restou faz-se verdade, do sentimento de duas metades do amor que, veio á ficar com muita intensidade.
Coração esquece tudo, mas as lembranças que vem, ficam com os restos mortais do que aconteceu, como se no fundo, fosse ressuscitar um amor que ainda nem morreu.
Um verso, um pranto, uma despedida, saída para o começo do que resta, saudade aberta para uma partida sem fim, sim, sofrer sem sentir o coração bater.
Coração congelado, bom seria se o jogasse para o lado,´pois no lado, em qualquer um desses lados você pudesse olhar, e viesse ver-me á lamentar.
Sim, desse muito que restou vieram os primeiros pedidos de socorro, o pedido de ajuda que o coração não se consegue conter, saudade do pouquinho de você.
Se nos relacionamentos se tornam eternos os momentos, eternizam-se para sempre as sensações de um amor com grande vaidade, coração se ilude com muita facilidade.
Sempre as ilusões que nos fazem perecer no mundo de esperança, esperança perdida com o passar do limite entre o amor e as paixões, coração só detecta aquilo que nem se sente.
Sinto como uma linda canção tocando em meu coração, toda vez que me vem as lembranças do que foram momentos de emoção, o canto do amor e saudade, e agora solidão.
Sim, não posso perder você agora, não agora, quisera esse meu pedido fosse ouvido pelo que mais vinha te dito, que é o desejo de nunca perder você.
Sei que vou chorar, eu não sou nada sem você, mas sou tão forte como o frágil se faz plágil, o prefácio do meu desamor, cada vez mais forte e mais sorte preciso para não padecer.
Viver assim é como morar embaixo das asas de um anjo, e sem os encantos desse mesmo anjo, me sinto no frio da escuridão, de saudade e da solidão.
Salva-me do deserto, sem ao menos estar perto, se repleto de amor se encontra o meu coração, vida vazia, dias sem cor, sofrer sem razão, amar sem amor.
Seria como deitar na descida e descer para cima, coisa sem sentido nem se entende, mas se sente, o que sem sentido, vem á nos fazer sofrer.
Não fuja de mim, pois mesmo assim, nos meus sonhos você vem á estar, sem saber que nem a metade de mim foi com você, sem ao menos sua metade viesse ficar.
Sonhos de juntos amar, verdades que nem pude contar, saudade que insiste ficar, somente de mim ficou, pouco do que não voltou, mas me mata somente, o muito de tí que restou.

...Com Dedicação á Pessoa que se encontra no contesto desta foto.
E o devido cumprimento do Autor, oferecido á Amiga; Adriana Feitosa.